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domingo, 23 de janeiro de 2011



Eterno em mim



Nosso amor é incrível
É surreal e como todos os outros: invisível.
Ele é enorme e eu não sei como cabe dentro de mim.
Ele é minúsculo e eu não sei como te preenche por completo.
Ele precisou de nós dois pra existir e precisa de apenas que um de nós pra ser eterno.
Ele é louco por sonhar que algum dia isso daria certo e completamente são por entender e nos mostrar todas as dificuldades que há nele.
Ele aumenta a cada briga e explode de felicidade por qualquer gesto simples de afeto.
Ele nos acalma e nos estressa.
Ele nos ferra e nos socorre.
E por mais hilário que pareça, nós o criamos e hoje somos submissos a ele.
E mesmo com todos esses prós e contras eu consigo chegar a um equilíbrio.
Concluo que eu amo amar você.
Sendo assim, estou certa de que ele já escolheu 1 de nós pra morar para sempre...
E esse '1' sou eu.



BRANCA, Edmara

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Fascinado



Esses lábios onde leio meu nome
Lábios que apenas me chamam e de repente somem.
Lábios carnudos e bem mais que rosados
Lábios que certamente por algum bom artista foram pintados.

Lábios vivos que chegam a hipnotizar
Lábios que tomam conta de tudo em mim
Lábios que sempre direi sim
Lábios que mandam nos meus olhos e nem os permite piscar.

Lábios que mesmo com cegueira identifico pelo tato
Lábios que toco apenas com os dedos,
Porque se tocados por esses meus lábios, morrerei no ato!

Nesses lábios eu não paro de pensar
Seja acordado, dormindo...
Sentado calado ou apenas refletindo...
Lábios que nunca conseguirei me libertar!

Lábios que agora nem sei se existem.


Lábios... O que me resta é a lembrança de um beijo jamais dado!




BRANCA, Edmara


sábado, 15 de janeiro de 2011


7 Chaves
(Baseado numa história real)


Sinto-me oca. Pra que fui fechar meu coração dessa forma?
Sinto como se não houvesse mais sentimentos dentro de mim.
Tranquei o meu coração pensando que seria o melhor pra todos.
Mas não.
Fui egoísta.
Só pensei em não sofrer mais.
Só pensei em me sentir segura, pensei em manter minha vida calculada milimetricamente, abandonando qualquer bom imprevisto que os sentimentos poderiam me causar.
E agora estou aqui. Desapontada.
Minha consciência pesa.
Eu não pensei no Outro.
O Outro, aquele que talvez um dia viesse a amar-me. Ele não tem culpa de eu ter sofrido tanto.
Perdi a chave do meu coração. [Minto, não perdi. Joguei fora.]
E agora minha mente me acusa de estar sendo má. Até ela mente pra mim! Pois outrora me impulsionava dizendo que abandonar os sentimentos seria a melhor coisa a se fazer.
Hoje ela me tortura, causando uma dor que nunca pensei que fosse sentir.
Nesse momento a culpa me invade e diz que fiz tudo errado.
Talvez tenha feito.
Abandonar os sentimentos me causou sofrimento, porém hoje não sinto nada. A não ser essa dor que eu nem sabia que existia: A dor de não deixar fluir o sentimento dele, O Outro.
Mas agora é tarde, como já citei... Perdia a chave do meu coração!


Cada vez que converso com O Outro é pior. Quando me lembro de ideias inconscientes que dei a ele, sinto como se estivesse caindo num único abismo finito, onde a todo o momento escuto vozes gritando: Culpada!
Tento esquecer, mas nada cura o peso dessa inexistência de sentimento que há dentro de mim. O que fazer?
Este sofrimento está se tornando tridimensional e eu não consigo controlar.
Mas como pode alguém sofrer se não há sentimento?
Lágrimas escorrem no meu rosto. Eu estou chorando? Estou.
É nessa hora que percebo que nunca me desfiz de todos os sentimentos.
É nessa hora que sofro sozinha, olhando pra mim e vendo que apenas tranquei o amor do lado de fora.


BRANCA, Edmara

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Pensei nisso






Por que o amor não pode ser algo controlável?
Temos o poder sobre tantas coisas em nós.
O caminhar, o falar, o mexer das mãos, a direção do olhar... E porque não o amor?
Ah! O amor... Simples e complicado que só ele.
Alegrias e tristezas que só ele traz. Inconfundível.

Quando se ama não se manda em nada...
O coração bate forte, falamos o que não queremos, ficamos até sem falar, nosso corpo precisa movimentar-se a todo custo. Mesmo assim ainda escondemos... Ele passa sutil e despercebido entre os mais distraídos. Mas e a direção dos olhos... aff, ela entrega tudo. Tudo culpa dela. A fixação dos olhos na pessoa amada chega a ser vergonhoso.
Mas até aí tudo bem. Ele está lindo e radiante como deve ser.

Mas se o amor não for recíproco?
Não sei. Ninguém achou solução pra isso.
Queria que ao menos o amor não correspondido fosse como a respiração.
Sei que vivo por ele, mas que eu pudesse controlá-lo por alguns instantes para aliviar meu sofrimento, ao menos por um tempinho que seja. Mesmo sabendo que após esse pequeno controle irei voltar à tona da respiração e esse ar que em meio essa situação tornou-se sombrio, negro e pesado irá voltar para os meus pulmões suprindo apenas uma necessidade física. Um ar que não alimenta esse sentimento que é no momento é tão carente, um ar que traz novamente todo sofrimento desse solitário amor.
Disso, quem já amou assim sabe que não pode fugir.
Mas, particularmente, não me desespero. Sei que sempre podemos respirar outros ares.



BRANCA, Edmara